História

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A Casa Inglesa dirigida por Paul Robert Singlehurst, conhecido pelos brasileiros como ‘Paulo Inglês’, se estabeleceu no Brasil em  1849. Foi o primeiro a trazer para o Brasil, tratores, automóveis, motores e jeeps. Em 1869 chegava a Parnaíba um jovem inglês chamado James Frederick Clark. Trazia um contrato de aprendizagem de cinco anos com a loja do Paulo Inglês. Em 1884, James Clark já era sócio da Casa Inglesa. E mais tarde virou dono único. Por iniciativa dele introduziu a cera da carnaúba no mercado internacional. Além dos produtos a base de petróleo e forneceu os equipamentos e a instalação elétrica em 153 municípios do Maranhão, Piauí e Ceará.

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(Família Clark / Família Singlehurst)

 

:::Casa Inglesa – uma visão mística:::

 

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Casa Inglesa – Foto de 1947

 

A fachada da Casa inglesa não só é a representação de uma época, sutilmente ela expõe o quinto elemento da Alquimia, a chamada divina arte.
Para começarmos esta análise, falaremos primeiro sobre os números que além de serem prodigiosos contém segredos e revelam-nos as ideias na mente de Deus, de onde recebem sublimes e eficientíssimas virtudes.
O uno é a unidade da inteligência humana, demonstra a unidade de Deus e vibra tornando-se dois e como Pitágoras diz : “O número é aquilo que faz todas as coisas subsistirem e distribui uma virtude para cada número”. Vejamos bem, as coisas não acontecem ao acaso, existe uma sequência lógica que tudo conduz ao resultado final – a iluminação.
O número 1 é aparentemente leve, pois tem vibração sutil mas a sua infinita sequência vibrará conforme o seu sopro. Um sopro inicial exige responsabilidades infinitas, não se cria ao acaso.. na fachada central do primeiro andar acima do portal de entrada da casa encontramos um belíssimo símbolo conhecido como o espelho da arte com a semente do carvalho no centro, e a representação do ovo filosofal – dele o alquimista lança mão para coze-lo em seu forno alquímico, no seu trabalho material e espiritual – e os portais repetem-se, são quatro para direita e quatro para esquerda mostrando harmonia no ato de criar, são quatro pares formando o equilíbrio do dual, do positivo e do negativo, a vibração perfeita da matéria reflete a vibração perfeita do universos emocional, mental e espiritual.

 

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    Terra, água, ar e fogo, os quatro elementos estão sutilmente representados na faixada do primeiro andar. Repetindo-se no segundo andar, temos os quatro portais laterais ao principal sendo agora acrescentadas sacadas às portas pois elas estão abertas ao mundo externo mostrando equidade com o interno e com o andar inferior referindo-se claramente à “tabula Esmaragdina” “Est de quod inferius est sicut quod est superius, est de quod superius est sicut quod est inferius, perpetranda de anuncio miracula de rei unius.” – ” Aquilo que está em cima é igual aquilo que está embaixo e que aquilo que está embaixo é igual aquilo que está em cima, perpetuando os milagres do rei único.”
Acima dos portais, a semente do carvalho está agora dentro de folha, exemplo de fé mas não aquela que é a credulidade estúpida da ignorância maravilhada. É a fé da consciência e a confiança do amor divino, fato este que se confirma nas primeiras tochas que surgem uma à direita e outra na esquerda acima dos últimos portais simbolizando o fogo alquímico presente e essencial em todas as etapas da realização da grande obra. A fé não consiste na confirmação deste com aquele símbolo, mas na aspiração verdadeira e constante às verdades veladas por todos os simbolismos.
No terceiro andar há duas platibandas laterais e nelas, as tochas se repetem como no segundo andar e estão operando o forno dos alquimistas – símbolo representado acima delas. São quatro ao todo, um par em cada lado, é o equilíbrio dos gêneros masculino e feminino, entre os pólos negativo e positivo e a operação consciente da causa e efeito fato que se confirma na parte central com três portais e uma platibanda superior, o portal central existe para equilíbrio dos laterais e recebem acima na platibanda o pentagrama dentro da circunferência, elemento clássico de proteção na cultura judia, os fornos como as chamas formam quatro novamente que se somados aos das platibandas laterais somarão oito, um para cada porta lateral à principal. O portal principal é o primeiro e o nono, aquele que começa e encerra em si pois se somados seus elementos (1+2+3+4+5…+8 = 36; 3+6= 9) que corresponde à letra tet em hebraico e é o número dos iniciados e dos profetas, na parte central da plati banda superior temos o espelho novamente, porém a semente transforma-se, floresce tornando-se o fruto verdadeiro e eis o graal, a revelação final, o quinto elemento. Eis que após muitos anos de estudo e meditação quando, trabalhando secretamente no laboratório da alma, o iniciado compreende a simplicidade do Ser Absoluto e a sua Onipresença e Onipotência, o quinto elemento é a energia pura emanada do centro criador, presente em todos os compostos. Os sábios o consideram como a causa ou origem dos outros quatro elementos. É o poder espiritual presente em todos os mistos. A busca maior da alquimia interior, consiste na manutenção deste quinto elemento, através de técnicas químico-espirituais que visam a obtenção dessa energia para finalidades diversas. Quem aprende a dominar e utilizar essa força torna-se um ser iluminado. Quem assimila esse conhecimento torna-se capaz de realizar coisas que a ciência materialista jamais conseguirá em suas pesquisas simplórias, que leva em conta apenas o lado visível e pupável dos seus objetos de estudo, deixando de lado o estudo da essência espiritual presente em todas as coisas. O alquimista vai além do químico em suas pesquisas justamente quando ultrapassa em seus estudos a análise materialista dos elementos, acrescentando tal quinto elemento em seus estudos. Na alquimia o conhecimento pode ser adquirido por muitos caminhos.     Sabemos por estudos que mesmo muitos dos alquimistas da alma iniciaram seus estudos tendo por base objetivos puramente materialistas e profanos. E, após anos e anos de estudos e experiências diante do seu forno alquímico, descobriram quase sem querer a energia divina presente nos mistos. Debruçados diante do forno e dos livros, nos seus laboratórios, esqueciam-se das coisas mesquinhas da vida e inconscientemente, através de suas meditações, encontravam o que em tese, nem estavam procurando: Deus.
O verdadeiro sábio quando entra em uma mata é incapaz de remover a mais simples folha do chão, ele sabe estar diante dos santuários sagrados onde as sutilezas da presença divina devem ser reverenciadas com o mais profundo respeito.

 

Texto de Nando Campanelli

Parnaíba

 

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Enamorada
Parnaíba!
 
Te vimos menina
Te vimos criança!
Em nossos braços choras e,
Vimos em teus olhos, alegria, esperança!
 
Tens o Igraraçú que te abraça
E protege
Vimos um mundo diferente
Por tuas janelas
Sempre em busca, pedimos proteção,
Dias Simplícios
Sentida de forma ardente
o chegar em teu seio, tamanha paixão!
 
Parnaíba!
Como mulher,
Provoca ciúmes,
Entre as curvas de ruas e avenidas
Orgulho do teu povo
És a única!
 
Antes fosse mil Parnaíbas…
Prólogo do amor de seus filhos
Aqui nascidos!
Embelezada pelo brilho de sol equatorial
Recebes a lua suave e pálida
De uma lua crescente
Quanta beleza!
 
Dona Losinha Bezerra
Presidente do Instituto História de Parnaíba
 
História de Parnaíba
Fonte: Prof. Maria da Penha
 
População: 150 mil habitantes
Área: 972km²
Altitude: 13 metros na sede municipal
Temperatura
Mínima: 20ºC
Média: 25ºC
Máxima: 30º
 
Limites:
Norte: Oceano Atlântico
Sul: Buriti dos Lopes e Cocal
Leste: Luís Correia
Oeste: Araioses-Ma

A princípio Parnaíba era capela filial de Piracuruca, por provisão régia foi elevada a categoria de freguesia.

O 1º governador do Piauí, João Pereira Caldas em 1762 criou e edificou a Vila de São João da Parnaíba.
 
E a lei provincial de 14 de agosto de 1844 elevou a categoria de cidade.

Está situada à margem direita do rio Igaraçú, braço do rio Parnaíba, diante a lha Grande de Santa Isabel. Ligada pela Ponte Simplício Dias.

É a cidade da Micro-região Baixo Parnaíba Piauiense(45).
 
É centro comercial importante; é a segunda cidade do Estado depois da capital.
 
É cidade turística e faz parte do 3º Pólo Turístico Nacional.
 
É cidade litorânea com sua bonita e lendária praia – a Pedra do Sal.

O nome Parnaíba foi dado ao Rio Grande do Tapuias em homenagem ao berço natal do desbravador Domingos Jorge Velho, a vila de Parnaíba em São Paulo.

O Topônimo “Parnaíba” na língua tupi guarani, significa rio ruim, de águas barrentas, rio não navegável.
 
Urbanisticamente, Parnaíba está formada de:
16 bairros – 15 praças – 16 avenidas e 133 ruas.
 
Mais fotos!
 
O Rio Parnaíba

A nossa cidade é detentora de magnífica rede fluvial, integrada pela importante Bacia Hidrográfica do Parnaíba, como também pelos rios que correm diretamente para o Oceano Atlântico.

Nascendo nos contrafortes das Mangabeiras de uma formosa lagoa de léguas como afirma, Simão Vasconcelos, ou na chapada do Jalapão com o nome Riacho Água Quente – o rio Parnaíba em toda sua extensão de 1.450km, serve de divisa natural entre o Maranhão e o Piauí, até encontrar o Atlântico formando um fabuloso e rico Delta com mais de setenta ilhas e ilhotas.
 
Ele recebeu diversas denominações – Rio Grande dos Tapuias, Rio das Garças, Rio Punaré, Rio Paraguaçu e outros.

Pela sua margem direita recebe sete afluentes sendo que o Pirangi e o Longá são os mais próximos do Município de Parnaíba.

 

Ele corre impetuoso, formando balseiros e acolá, e na ânsia de se jogar no mar, antes ele se bifurca formando dois longos braços – o Santa Rosa e o Igaraçu!

 

Desta bifurcação resultam inúmeros outros braços, igarapés e canais entremeados de ilhas. E o fabuloso Delta Parnaibano, verdadeiro celeiro para a população.

 

Nesta sua grande carreira para o oceano, como linha divisória entre os Estados do Meio Norte Brasileiro, ou Nordeste Ocidental, o Maranhão e o Piauí, o Parnaíba banha muitas cidades piauienses trazendo o gerando riquezas. A última a banhar já perto de sua foz ou seja no Delta é a cidade de Parnaíba que recebeu seu mesmo Topônimo.

 
O Rio Igaraçú
 
É o rio de Canoa Grande no linguajar indígena com uma extensão de 23 quilômetros.

É um braço do rio Parnaíba, o titular da grande bacia hidrográfica, incluindo mais sete afluentes por todo o Estado do Piauí.

O rio Igaraçú banha Parnaíba pela sua margem direita.

Sobre ele em a Avenida Presidente Vargas fica a bonita Ponte Simplício Dias, elo de união entre a Ilha Grande de Santa Isabel e Parnaíba.

O igaraçú é o nosso rio, por onde deslizam as barcas e canoas com as mercadorias necessárias.

É como disse Berilo Neves: -O Igaraçú é sereno como uma oração e quieto como um santo, no inverno enche-se tumefaz-se e sobe audacioso nos barrancos das margens.

 
O Rio Portinho
 

Dos rios que se lançam diretamente no Oceano Atlântico, destaca-se o rio Portinho junto à cidade de Luís Correia e Parnaíba.

É linha divisória natural entre os municípios de Luís Correia e Parnaíba.

O rio Portinho nasce no final da Serra Grande no local chamado “Espírito Santo”, formando vários riachos tais como o Braz, o Cadoz, o Marruás e outros.

 

O seu curso é de 60 quilômetros; corre na direção norte, atravessando, uma região dunosa e forma a turística e bela “Lagoa do Portinho” a lagoa de águas mornas, cor de chumbo.

 

Já no final do seu curso é ladeado pelas salinas belamina e gafanhoto na sua margem direita, um quilômetro distante da foz.

 

O rio Portinho é cortado pela ferrovia que demanda de Parnaíba à Luís Correia com uma ponte de aço com dois vãos de 50 e 40 metros, ponte que foi construída e inaugurada com própria ferrovia em 1922.

É cortado também pela ferrovia BR 343 com ponte de concreto, inaugurada em 1958.
 
O afluente do rio Portinho é o Brandão que banha diversos povoados e fazendolas.
 
No seu curso o rio Portinho apresenta uma reentrância que forma a procurada Lagoa do Portinho.

Lá dos contrafortes da serra das Mangabeiras ou Jalapão exatamente do local chamado “águas quentes”, nasce o rio Parnaíba que vai se enroscando aqui e ali com suas águas ora barrentas, ora límpidas, às vezes calmas e às vezes impetuosas.

É o “Velho Monge” que, alongando as barbas brancas no dizer do poeta, forma a espinha dorsal entre Piauí e Maranhão.

E, na sua carreira em busca do Oceano, vai recebendo afluentes, forma a famosa hidrelétrica de Boa Esperança e rico manancial, até que, já na baixada foma o grande delta.

E, na formação do delta desprende braços, e um destes, o rio Igaraçu, rio de CANOA GRANDE, vem banhar Parnaíba, que, faceira se debruça sobre ele como que a mirar-se em suas águas dolentes! É a formosa “Princesa do Igaraçu”.
 
Veio o desenvolvimento, chegou o progresso!

E sobre o Igaraçu, como que sendo a continuação da Majestosa Avenida Presidente Vargas, foi construída a belíssima Ponte Simplício Dias, na primeira e profícua administração Alberto Silva.

 

Ponte Simplício Dias vista a noite - foto Helder Fontenele

Foto: Helder Fontenele


 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

E, lá está o grande arco suspenso sobre o rio, ligando estreitamente, num fraternal e perene amplexo Parnaíba à Ilha Grande de Santa Isabel, o celeiro da região a Rainha do Delta Parnaibano.

Muito justa e louvável a construção da ponte.
 
É bem verdade que ela não tem divisas, não há pedágio.

Entretanto ela veio satisfazer os anseios da laboriosa gente das ilhas do fértil Delta do Rio Grande Tapuias. Facilitou em tudo:

 

Facilitou para os estudantes do “outro lado” que buscam em Parnaíba o pão do saber! Com a ponte acabou-se o pesadelo da travessia sobretudo nas enchentes do rio!

 

Facilitou para o turismo, e sobretudo ligou facilmente nossa cidade com sua verdadeira praia, a encantadora, misteriosa e turística “Pedra do Sal”.

Todos estes pontos positivos nos mostram o real valor da majestosa ponte sobre o dolente Igaraçu.
 
Entretanto apontaremos alguns pontos negativos embora eles fiquem por conta do progresso do desenvolvimento.
 
Desapareceu o histórico “Porto Salgado”.

De lá do início da Avenida Presidente Vargas foram tiradas dois monumentos: o busto de James Clark, pioneiro da comercialização da Cera de Carnaúba e Águia de Bronze, a chamada Águia do Porto, inaugurada na profícua administração do Renovador da cidade “Prefeito Ademar Neves”.

Também desapareceu, em parte o “Passador, o vareiro que, com sua vara, conduzia as canoas de uma lado para outro.
 
É um tipo característico da beira-rio, que lentamente desaparece.
 
Todavia a Ponte beneficiou em outros aspectos!
 
Tudo é civilização!

E recebeu o nome de Simplício Dias! Melhor não poderia ser! Ele foi o exponencial comandante da Vila São João da Parnaíba! Justa e louvável homenagem!

 

Nestes cento e quarenta e três anos de existência citadina (1844-1987), Parnaíba, a Princesa do Igaraçu tomou extraordinário impulso apesar dos precalços, das crises, ela se tornou uma cidade nobre.

 

Edifícios, ruas asfaltadas, telecomunicação, discagem direta (DDD e DDI), luz hidráulica, quatro canais de televisão, serviço de águas (Agespisa), Campus Ministro Reis Veloso a Universidade Federal do Piauí, escolas, hospitais, colégios, rede bancária, jornais, emissoras de rádio, comércio ativo, enfim, há em Parnaíba uma extraordinária gama de desenvolvimento.

Entretanto, na voragem do tempo, muita coisa tem mudado de feição, de aspecto, tudo por conta do progresso.
 
É o caso do porto Salgado!
 
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Praticamente ele perdeu sua função específica, exatamente pela construção da Ponte Simplício Dias, que tantos outros benefícios ela trouxera para a região, para a cidade, para o delta enfim!

 

O Porto Salgado era o ancoradouro das numerosas embarcações, que por intermédio do Rio Parnaíba ligavam Parnaíba à outros municípios.

 

Era característico o seu movimento! Por ele se fazia no tempo da faustosa Vila do São João da Parnaíba a exportação do charque e outros produtos. Cinco navios da propriedade Domingo Dias da Silva, sendo que dois deles navegavam diretamente para as cidades de Lisboa e Porto, em Portugal trazendo várias mercadorias, sobretudo gêneros alimentícios e tecidos.

 

Pelo Porto Salgado chegavam as barcaças cobertas de folhas secas de babaçu trazendo para a Parnaíba os variados produtos.

Notável era o azafama dos trabalhadores.

O estivador era sempre presente no embarque e desembarque de mercadorias que iam sendo removidas para o porões das embarcações, destinadas para longe, Liverpol, Itamburgo, Amsterdam e outros.

O passador, nas suas num vai e vem constante atingia a margem rampada, e fincava a ponta ferrada da vara e da popa ficava observando, passageiros que tomavam diversos sentidos!

Era o Porto Salgado laborioso, pitoresco e animado.

Ele era o início da rua Grande, hoje a majestosa Avenida Presidente Vargas que sempre foi a principal artéria, como que a espinha dorsal da Vila e posteriormente cidade.

 

Recebeu a denominação de Cais Afonso Pena no começo do século XX em homenagem ao então Presidente da República do quatriênio 1900-1904, quando a cidade também se engalonou para receber sua visita. O Presidente Afonso Pena, viria de Teresina pelo rio mas, sua viagem não se realizou, o Porto Salgado foi rigorosamente preparado, foi feita a rampa e nele colocados dois canhões para que servissem de amarras para a embarcação do residente, e ele aqui não veio.

Depois os canhões foram retirados, e hoje estão na Capitania dos Portos e na sede do Tiro de Guerra 10-012.
 
E o Porto Salgado continuou com sua fama, com suas atividades, com seu comércio e com seus vareiros.

Aqui e ali, armazéns abarrotados de sacos de cera de carnaúba, de amêndoas, de babaçu, de tucum e outros produtos que embarcariam para portos nacionais e estrangeiros.

Veio o progresso veio o desenvolvimento veio a Ponte Simplício Dias e outros Benefícios vieram.
 
E o Porto Salgado?
 
Desapareceu da vida cotidiana na Cidade.
 
Desapareceu o luta-lufa da beira do rio.

De lá também por força da construção da Ponte foram retirados dois monumentos – o da Águia do Porto – o símbolo do trabalho, do esforço parnaibano.

 

E o busto de James Frederick Clark, inglês que muito trabalhou pelo comércio da nossa terra, sobretudo pela comercialização da Cera da Carnaúba.

 
A Rainha do Delta Parnaibano
 

Nascendo lá nas Mangabeiras de uma famosa lagoa de vinte léguas como diz Simão Vasconcelos, ou em “Águas Quentes”, o Parnaíba, o histórico Rio Grande dos Tapuias, ou Rio das Garças, se joga como linha divisória entre o Piauí e o Maranhão, até alcançar o Atlântico numa carreira de 1.450 quilômetros.

 

E, nesta carreira, nesta ânsia de se encontrar com o oceano, ele vai ser intrometendo pelas terras, recebendo afluentes, banhado cidades, e qual outra esteira líquida, cai na baixada para formar o famoso e rico delta, habitado que fora pelos tremembés (Índios Nadadores).

 

E neste delta se situam várias ilhas tais como Trindade, Batatas, Santo Estevão, na barra das Canárias, Palha, Cágado, Ferreira, Chafariz, Bom Jesus, Costa São Roque e Meio na Barra do Igaraçu.

A Ilha Grande de Santa Isabel é a maior, a mais rica, e pois Rainha do Delta Parnaibano.

Ela se situa bem em frente à cidade de Parnaíba, separada pelo Rio Igaraçu e hoje pela Majestosa Ponte Simplício Dias, como que se unindo, num grande, perene e fraternal amplexo.

 

A Ilha tem a forma triangular com uma face voltada para o Atlântico, outra para o rio Igaraçu e outra para as Canárias, e mede 240 quilômetros quadrados.

 

Na parte voltada para o oceano a lendária, turística e bela praia da Pedra do Sal, pra genuinamente parnaibana já ligada por estrada asfaltada.

 

Na Ilha Grande de Santa Isabel há diversos povoados como: Paraíso, Tabuleiro, Vazantinha, Morros da Mariana e Santa Isabel. Propriamente dita, e outros sendo os mais desenvolvidos os Morros da Mariana e Santa Isabel, ficando o último exatamente se defrontando com a cidade de Parnaíba.

 

A Ilha é rica em Carnaubais e Canaviais, se prestando com excelentes resultados ao cultivo dos cereais. Desenvolve-se também a pecuária. É o celeiro parnaibano.

E na década de 30 foi cortada pelo Canal São José.

É cortada também pela estrada que demanda o povoado de Morros da Mariana, fértil e muito procurado pelo afamado, pelo celebre clado de cana, e que constitui uma gostosura. É também cortada pela estrada que vai para a Pedra do Sal, amba cortando os carnaubais com seus leques farfalhantes ao perpassar da suave brisa.

A padroeira da Ilha é Santa Isabel, cuja festa litúrgica é celebrada exatamente do dia 5 de novembro.

Os festejos são animadíssimos e muito concorridos pela gente parnaibana, sobretudo agora com a facilidade e tranquilidade de acesso pela ponte Simplício Dias.

 
Parnaíba – Portal do Delta do Rio Parnaíba
 
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Parnaíba é a segunda maior e mais importante cidade do Piauí. É denominada capital do Delta pela sua localização às margens do rio Igaraçu, importante braço do rio Parnaíba que desemboca no Atlântico, formando a região deltaíca. É a cidade pólo da região norte do estado norte do estado. As praias mais próximas ficam a 17km do centro.

 

A cidade ainda guarda muito do seu passado de riquezas. Na segunda metade do século XVII (1669), o português Leonardo de Sá fundou uma sesmaria, quando enfrentaram sangrentas lutas com os índios Tremembés, valentes guerreiros e exímios nadadores. Em agosto de 1762, o povoado que nascera ali se tornou vila, a vila de São João da Parnaíba, que logo prosperou à beira do rio, no lugar conhecido como Porto das Barcas, onde iniciou a produção e venda para o exterior de charque. Através de sua frota de navios, fazia-se o comércio de exportação e importação com a Europa, atingindo anualmente em torno de 1.800 toneladas. Durante todo o século XVIII e XIX, a cidade de Parnaíba adquiriu importância com a exportação de charqueadas, que marcou o Piauí na quarta economia do país.

 

Domingos Dias da Silva e seu filho Simplício Dias da Silva impressionavam os viajantes europeus da época, Henry Koster, em seu livro “Viagem ao norte do Brasil de 1809 a 1815”, relata sobre o magnifico solar onde morava Simplício Dias e sobre sua banda de música, formada pelos escravos que haviam sido educados no Rio de Janeiros e em Lisboa.

 

A cidade foi precursora do movimento republicano e orgulha-se de ter sido a primeira cidade do estado a proclamar a independência do Brasil, pois possuís vida intelectual e política bastante diferenciada das outras vilas piauienses. O contato com o exterior proporcionou-lhe um universo urbano sofisticado e fértil de ideias progressistas.

 

Hoje, Parnaíba ainda mantêm um acervo arquitetônico colonial português distribuído numa área de 7.000m², onde funcionam bares, sorveterias, hotéis, restaurantes, galerias de arte e artesanato, praças de eventos e auditório. A cidade encanta os turistas com suas praças arborizadas, ruas tranquilas, onde a constante brisa marítima ameniza o sol que brilha durante o ano todo.

 
Lagoa do Portinho
 
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Situada a 14km do centro, om acesso por rodovia pavimentada, é uma extensa lagoa de água doce de cor azul cobalto, cercada por imensas dunas de areias brancas modeladas pelos ventos, como uma paisagem do deserto.

 

A Lagoa do Portinho apresenta boa infra-estrutura turística disposta num complexo de chalés, bares restaurantes com uma culinária à base de frutos do mar, um píer e um centro recreativo aberto ao público. Local apropriado para o esporte náutico (ventos de 30 nós), passeios em lanchar que puxam banana-boar, kite surf, skate de areia que desce do alto da duna, conduzido a um mergulho. Também é excelente para trekking sobre as sinuosas dunas, de onde pode ser visto um magnífico pôr-do-sol. Na alta temporada, ocorrem competições de jet-ski e windsurf e hobbie-cat.

 
Pedra do Sal
 
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Localizada a 15km da cidade de Parnaíba, tem acesso por rodovia pavimentada.

Na praia se destacam enormes blocos rochosos que invadem o mar e, quando as mares baixam, guardam poças d’água que evaporam, deixando montículos de sal, daí a denominação Pedra do Sal. Nas proximidades existe um farol, que orienta os marinheiros para o perigo dos arrecifes. Os bloco rochosos separam a praia brava, com ondas altas e mar agitado, frequentada pelos surfistas, da praia mansa, que formam uma tranquila e rasa baía onde os pescadores ancoram suas canoas a vela.

 

A Pedra do Sal tem o mais belo pôr-do-sol do litoral. É também uma vila de pescadores, onde pode-se observar a chegada das canoas no final da tarde trazendo peixes frescos. Nela pode-se também encontrar o famoso peixe camurupim.

 

Em uma larga faixa de areia branca, foi construído um calçadão com quiosques à beira-mar, restaurantes e pousadas que proporcionam conforto ao visitante.

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Catedral de Nossa Senhora da Graça – Um belo e rico monumento em estilo barroco do ano de 1770, que ainda conserva algumas características originais. Nas paredes e no piso desta Igreja Matriz encontra-se mausoléus e campas mortuárias em mármore com gravações, onde estão sepultados importantes personagens históricos da cidade (Praça da Graça/Centro)

 

Igreja Nossa Senhora do Rosário – Construído no século XVIII pelos escravos para o seu próprio uso, conserva na sua estrutura externa grande parte da arquitetura original revelando traços da antiga beleza. É dedicada a Nossa Senhora dos Homens Pretos (Praça da Graça)

 

Igreja São Sebastião – Em estilo eclético, mistura componente góticos com outros modernos. Sua construção data do início do século XX. Foi entregue como sede de paróquia aos Frades Capuchinhos (Avenida São Sebastião)

 

Espaço Cultural Porto das Barcas – Acervo arquitetônico do século XVIII e IV, construída com conchas e óleo de baleira. Sua história está relacionada à origem de Parnaíba, funcionando como importante entreposto de exportação de charque e importação de produtos provenientes de outros Estados da Europa. Transformando em espaço cultural, funciona com lonjas de artesanato, galeira de artes, biblioteca, museu, pousada, restaurantes, bares, sorveterias, posto de informações, agências de viagens, local para partida/saída embarcações cruzarem o Delta do Parnaíba, em busca de prazer e aventura.

 

Pharmacia do Povo – Museu Vivo – Montado e mantido por familiares do farmacêutico Dr. Raul Bacellar. Neste museu estão expostos raríssimos frascos e instrumentos de manipulação do século XVIII e XIX, importados da Europa, e móveis do início do século XX (Porto das Barcas).

 

Casa Grande – Erguida no século XVIII, é a mais antiga construção da cidade. Foi residência de Domingos Dias da Silva e Simplício Dias da Silva, que foram os primeiros a das à antiga Vila de São João da Parnaíba, ares de requinte e nobreza. No ângulo principal da Casa Grande encontra-se uma imagem de Nossa Senhora das Graças talhada em pedras. (Av. Presidente Vargas)